Promessa da divisão das galos, Ketlen Vieira quer mostrar evolução neste sábado: ‘Não caí aqui de paraquedas’

Uma das representantes brasileiras no UFC 253, amazonense enfrenta Sijara Eubanks e quer apagar derrota sofrida na última apresentação

K. Vieira em pesagem pelo UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Grande promessa brasileiro para o futuro na divisão das galos (até 61,2kg.), Ketlen Vieira volta ao octógono neste sábado (26). A amazonense enfrenta Sijara Eubanks no UFC 253, em Abu Dhabi, e quer uma grande apresentação para apagar a derrota sofrida em sua última apresentação. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, a combatente falou sobre a expectativa do confronto e avaliou sua evolução enquanto lutadora.

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Atual número sete no ranking da divisão liderada por Amanda Nunes, Ketlen estava invicta na carreira, mas acabou conhecendo a derrota no confronto contra Irene Aldana, em dezembro do ano passado. A brasileira, no entanto, quer provar que está de volta e pretende retomar a trajetória rumo ao topo da categoria.

Evolução após a derrota

O UFC 245 ficará, para sempre, marcado na memória como o dia em que a brasileira sofreu sua primeira derrota como profissional no MMA. Se engana, no entanto, quem imagina que a lutadora se deixou abalar com o resultado negativo. Para Vieira, o revés acabou sendo positivo, pois expôs pontos para serem melhorados.

“Naquele dia 14 de dezembro, quem caiu ali não fui eu, mas tudo aquilo que me impedia de me tornar campeã. Aquela derrota veio no momento certo, apesar de eu estar vencendo a luta. Eu estava muito bem preparada, mas eu cometi um erro: eu não ouvi meus corners (treinadores), me deixei me levar pela emoção, por estar um tempo afastada. Eu queria chegar lá e ganhar bem, mostrar que estava pronta, que eu era a desafiante número um e isso acabou me atrapalhando. Tudo isso a gente precisa aprender. Ter maturidade de chegar no octógono e executar o que você treinou. Isso me tornou uma atleta melhor”, afirmou.

Adversária de última hora

Escalada para enfrentar Eubanks neste sábado, a norte-americana não era, inicialmente a adversária de Ketlen para o UFC 253. A brasileira enfrentaria Marion Reneau, que deixou o card por lesão. Vieira, analisou a diferença entre as duas e projetou como pode superar Sijara.

“Apesar das duas serem faixa preta de jiu-jitsu, elas têm jogos diferentes. A Marion se sente mais confortável jogando e costas para o chão, onde ela é perigosa. A Sijara é um pouco mais diferente. O que eu acompanho na luta dela é que o forte é derrubar. É um jogo bem parecido com o meu. Tenho que aproveitar meu tamanho, envergadura, impor meu jogo e levar para o chão. Caso eu não consiga, a gente treinou todo tipo de situação.

Promessa da divisão

Neste sábado, Ketlen fará sua quarta apresentação em eventos numerados no Ultimate. Isso mostra que a empresa aposta na atleta, escalando-a para atuar em cards com mais visibilidade. A brasileira, então, falou sobre o carinho que sente por parte da diretoria da organização, que vem mostrando respeito ao seu trabalho.

“Desde o início, o UFC sempre me põe muito à prova. Minhas quatro primeiras lutas foram contra atletas duríssimas. Esse carinho do UFC foi conquistado com muita batalha, muito treino e dedicação. Até quando eu sofri uma derrota, eu entrei no octógono e mostrei grande evolução. Fico muito feliz com esse reconhecimento e treinei muito para estar à altura para esse grande evento”, contou a amazonense.

Projeção para o futuro

Em posição de destaque na divisão, Ketlen sabe que um resultado positivo é importante para manter o sonho de uma futura disputa de cinturão. Desta forma, a brasileira avaliou onde um triunfo a colocaria no grupo.

“Eu sempre costumo ir passo a passo. O que eu posso adiantar é que uma vitória me coloca na rota de colisão ali, no top 5. É uma atleta dura, que está vindo de uma sequência boa de vitórias. Então, isso me coloca de novo na briga.

Final ideal contra Eubanks

Vindo de derrota, Ketlen preferiu não arriscar um final dos sonhos para este final de semana. Com os pés no chão, a amazonense enfatizou que o importante é o resultado positivo, independente da forma.

“Me imagino com meu braço erguido. Estou precisando muito dessa vitória e quero mostrar, também, que eu venho evoluindo, que não caí ali de paraquedas. Nunca foi sorte. Sempre foi Deus e muito trabalho duro. Então, é isso que eu pretendo buscar”, finalizou.

O UFC 253 marcará a 12ª apresentação de Ketlen como profissional no MMA. Aos 29 anos, a brasileira, hoje, soma 10 triunfos e um revés no esporte.

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