Composto por seis lutas, o card preliminar do UFC 253, realizado no sábado (26), em Abu Dhabi, contou com a presença de dois brasileiros. Na abertura da atração, O meio-pesado (93kg) Danilo Marques, parceiro de treino de Demian Maia, estreou na organização tendo uma boa atuação diante do russo Khadis Ibragimov e venceu sem sustos.
No entanto, na última luta do card preliminar, o peso leve (70,3kg) Alex Leko, não suportou o bom ritmo que apresentou no primeiro round e foi superado, de virada, por Brad Riddell. Outros destaques foram a grande atuação de um atleta da nova geração sobre um veterano do esporte e o retorno triunfal de um campeão do TUF.
Parecia que Alex Leko venceria a segunda luta consecutiva no UFC, mas não foi o que aconteceu. A promessa da Astra Fight Team começou de forma acelerada contra Brad Riddell e o que quase lhe rendeu a vitória, foi o principal fator para a derrota.
No primeiro round, Leko surpreendeu ao lutar de forma solta e isso ficou evidente na postura de Riddell. O brasileiro acertou os melhores golpes em pé e assustou o adversário ao aplicar uma guilhotina.
No assalto seguinte, o neo-zelandês voltou mais atento, depois do susto inicial. Melhor na troca de golpes e com mais noção de octógono, Riddell, aos poucos, readquiriu a confiança e empatou a luta.
Nos últimos cinco minutos, o brasileiro se queixou de cansaço no córner e preocupou Marcelo Zulu, seu treinador, que lembrou que o brasileiro precisava levar o round para vencer o combate. Apesar do apelo, não deu certo. Riddell usou sua experiência e confirmou o favoritismo ao soltar seu jogo.
O importante triunfo, de virada, foi o terceiro de Riddell no UFC, que segue invicto na organização. Por sua vez, apesar da derrota, Leko não lutou mal. Aos 24 anos, o brasileiro tem tempo para evoluir técnica e fisicamente e voltar ao caminho das vitórias
Quando a luta entre Jake Matthews e Diego Sanchez foi oficializada, a comunidade do MMA temeu pelo que poderia acontecer. O motivo é simples: Sanchez, de 38 anos, luta há 18 anos, travou diversas batalhas e teria um adversário 12 anos mais novo. E a preocupação se mostrou certa, já que Matthews venceu de forma dominante.
É bem verdade que, se quisesse acelerar o ritmo, o australiano poderia ter nocauteado, já que foi bastante superior em todos os rounds, porém optou por não se expor, já que Sanchez ainda é perigoso no solo. Apesar de jovem (26 anos), Matthews mostrou muita maturidade e não se precipitou. Bem mais forte, o australiano foi melhor em todas as áreas e acertou o adversário tantas vezes, que Sanchez sangrou abundantemente no octógono. Ao final da luta, os juízes premiaram a promessa com uma vitória tranquila por decisão unânime, sendo um dos rounds pontuado como 10×8.
Essa foi a terceira vitória consecutiva de Matthews no UFC, que iguala a sua melhor sequência na organização. O atleta disputou duas lutas em 2020 e deseja se aproximar do top-15 do peso meio-médio. Já Sanchez, que vinha de vitória polêmica em cima de Michel Pereira, volta a ser derrotado e, apesar de ainda ter mais três lutas em seu contrato com o UFC, pode anunciar a aposentadoria a qualquer momento.
Originalmente, o adversário de Shane Young seria Nate Landwehr, porém este foi mais um atleta que contraiu coronavírus. Faltando poucos dias para o evento, Ludovit Klein aceitou o combate em cima da hora, não pôde realizar uma preparação adequada e ficou impossibilitado de bater o peso dos penas, porém compensou no octógono.
Azarão para o duelo, o eslovaco ignorou as previsões e os números das casas de apostas e nocauteou no primeiro round. Conhecido pelo alto nível na luta em pé, Klein comprovou sua técnica ao aplicar uma sequência que abalou Young, que não conseguiu voltar para o duelo.
Diante de tudo que aconteceu no pré-luta, o eslovaco se mostrou surpreso com a atuação que teve e revelou que seu golpe preferido é o chute alto, o mesmo que definiu seu triunfo. Essa foi a 17ª vitória de Klein no MMA, sendo 16 delas pela via rápida. Por outro lado, Young, que havia perdido apenas para Alexander Volkanovski, campeão dos penas, amarga sua segunda derrota no UFC e de forma pesada.
Apesar de não ser um nome conhecido dos fãs, Juan Espino apresenta algumas curiosidades. O espanhol foi campeão do TUF (The Ultimate Fighter) 28, porém não luta desde 2018. No entanto, nem mesmo o longo tempo de afastamento e a idade avançada (39 anos), impediram o peso pesado de ter sucesso em seu retorno.
Espino, simplesmente, fez o que quis com Jeff Hughes, que não ameaçou o favorito em momento algum. Pelo contrário, uma vez que o espanhol derrubou o adversário, o finalizou em seguida, logo no primeiro round. O golpe foi um triangulo de mão, um dos muitos que Espino tem em seu arsenal, já que possui um alto nível no grappling e costuma mostrar essa qualidade em suas aparições.
Espino venceu as duas lutas que realizou no UFC por finalização e avisou que deseja voltar a lutar o quanto antes, já que não tem mais tempo a perder no MMA. Já Hughes segue vitórias na companhia. Em quatro lutas, o norte-americano perdeu três e possui um no-contest, ou seja, sua permanência é improvável.
Geralmente, os atletas sentem a pressão ao lutarem pela primeira luta no UFC, mas isso não foi problema para Danilo Marques. Em sua estreia na organização, ele enfrentou Khadis Ibragimov e aproveitou a falta de confiança do russo, que havia perdido suas três lutas na companhia, para causar uma boa impressão.
Parceiro de treino de Demian Maia, Danilo usou e abusou do grappling e, mesmo sendo superior na área, também não temeu trocar golpes com o adversário em pé. Ibragimov tentou de tudo para impedir as quedas do brasileiro, inclusive, segurou na grade algumas vezes, porém não teve sucesso. Seu único mérito no combate foi ter sobrevivido as tentativas de finalização.
Aos 34 anos, Danilo não teve trabalho em sua estreia, não sofreu tantos danos e, se o UFC quiser, pode escalar o atleta para voltar a lutar ainda em 2020. Por sua vez, ao perder a quarta luta consecutiva no UFC, Ibragimov, dificilmente, receberá outra chance de mostrar valor.
CARD PRINCIPAL
Peso médio: Israel Adesanya derrotou Paulo Borrachinha por nocaute técnico a 3m59s do R2 – Luta por cinturão
Peso meio-pesado: Jan Blachowicz derrotou Dominick Reyes por nocaute técnico a 4m36s do R2- Luta por cinturão
Peso mosca: Brandon Royval finalizou Kai Kara-France com uma guilhotina a 48s do R2
Peso galo: Ketlen Vieira derrotou Sijara Eubanks na decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 29-28)
Peso pena: Hakeem Dawodu derrotou Zubaira Tukhugov na decisão dividida dos juízes (29-28, 30-27, 29-38)
CARD PRELIMINAR
Peso leve: Brad Riddell derrotou Alex Leko na decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 29-28)
Peso meio-médio: Jake Matthews derrotou Diego Sanchez na decisão unânime dos juízes (30-26, 30-26, 30-26)
Peso pena: Ludovit Klein derrotou Shane Young por nocaute a 1m16s do R1
Peso meio-pesado: William Knight derrotou Aleksa Camur na decisão unânime dos juízes (29-28, 30-27, 30-27)
Peso pesado: Juan Espino finalizou Jeff Hughes com uma cervical a 3m48s do R1
Peso meio-pesado: Danilo Marques derrotou Khadis Ibragimov na decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28, 30-27)
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