Com o título dos pesados (até 120,2kg.) do Ultimate no currículo, Júnior Cigano está mais do que disposto a ter seu nome novamente no topo da organização. Para chegar lá, no entanto, o brasileiro terá de passar pelos maiores nomes da categoria e isso inclui Francis Ngannou, para quem foi duramente derrotado no ano passado. O catarinense, no entanto, analisou o revés e, em entrevista exclusiva ao canal no YouTube do SUPER LUTAS, comentou o que faria diferente na revanche. O ex-campeão também falou sobre o sonho de enfrentar Jon Jones.
“O Ngannou tem os braços enormes, te alcança facilmente, e um poder de nocaute fora do normal. Esse cara é além da conta. É preciso um pouco mais de cuidado. Eu acabei cometendo um erro por crescer o olho na luta, e uma oportunidade de colocar tudo o que eu tinha em um golpe só. Acabei errando o golpe e me expondo para o contragolpe dele e acabei levando a pior. Acredito que um jogo estudado e agir com mais cautela seria bastante interessante”, afirmou o brasileiro.
Campeão da categoria entre 2011 e 2013, Cigano é conhecido por contar com um dos melhores boxes do MMA. Treinado pelo renomado Luiz Dórea, o atleta avaliou o desempenho de Francis em suas lutas e analisou as qualidades do rival dentro do octógono.
“Eu vejo, sinceramente, muito poder, mas pouco controle de todo esse poder. É um cara muito limitado, em termos técnicos, mas óbvio, com muita potência e vontade. Perigosíssimo. Ele veio comentar que o boxe dele é melhor do que o meu. Sinceramente, ele não consegue usar a movimentação direito, no meu ponto de vista. Eu posso até começar a falar coisas aqui, levantar polêmicas e não é minha intenção. Minha intenção é lutar. Quero lutar com ele de novo e isso vai acontecer. Enquanto não luto pelo cinturão, acho que o principal objetivo vai ser esse: fazer minhas revanches”, explicou.
Em 2020, após registrar em suas redes sociais um físico mais seco, Júnior Cigano chegou a comentar a possibilidade de fazer uma superluta contra o atual campeão dos meio-pesados (até 93kg.), Jon Jones. Mais leve, o atleta revelou que seria um sonho encarar aquele que é considerado, por muitos, como o melhor lutador de MMA da história. O catarinense, então, explicou a vontade de se testar contra o norte-americano.
“Se um dia colocarem esse nome (Jones) na mesa, não tenho dúvidas que vai ser um ‘sim’. Nós vamos lutar seja nos 93kg., seja no peso casado ou no pesado. Nós vamos dar um jeito. Ele nunca perdeu. É um cara a ser batido, extremamente habilidoso, polêmico. O mundo vê como o melhor lutador na atualidade. A gente não escolhe esse tipo de luta, a gente só vai”, finalizou.
Com o desejo das revanches e superluta, Júnior está próximo de seu próximo desafio no Ultimate. O brasileiro se apresenta neste sábado (15), e encara o perigoso Jairzinho Rozenstruik em uma das lutas mais aguardadas do UFC 252. Atualmente, o catarinense tenta encerrar uma sequência de dois resultados negativos. Sua última peleja aconteceu em janeiro deste ano, quando acabou nocauteado por Curtis Blaydes.
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